quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Blog parabeniza a cidade de Presidente Médici pelos seus 22 anos de emancipação!

O Blog parabeniza a cidade de Presidente Médici por mais um ano completado desde a sua emancipação em 1994.

Trago aqui também a oportunidade de colocar observações a respeito da reserva sob o Outeiro, montanha que divide a Rodovia Federal Pedro Teixeira (BR 316) em duas vias, e, como em outros anos, cumpre mais um episódio de maus tratos e desrespeito ao lugar, que pode ser um marco vivo de recordações históricas muito antigas em nosso estado.

Na manhã da última segunda-feira (07), foi visto o resultado de mais um incêndio anual provocado no domingo (Veja AQUI) e transformou a montanha é um verdadeiro cinzeiro, onde lamentavelmente observou-se que muitas das mudas de árvores ornamentais colocadas pelo falecido Irmão Glicélio estavam destruídas pelas chamas, infelizmente.

Depois de mais este incêndio e do misterioso furto ocorrido também neste ano da placa de bronze que inaugurou a rodovia em 1974, muitos medicenses parecem não estar muito entusiasmado com os 22 anos completados de emancipação da cidade. Não é de hoje que moradores e usuários da rodovia reclamam da indiferença das autoridades políticas com o Outeiro e outros pontos de lazer da cidade! MESMO ASSIM FICAM AQUI OS NOSSOS PARABÉNS A CIDADE POR MAIS UM ANO DE EMANCIPAÇÃO!

SOBRE O OUTEIRO E O ALFERES PEDRO TEIXEIRA

A montanha que já foi chamada de Outeiro da Cruz e hoje é simplesmente conhecida por Outeiro "pode" ter sido o "ponto final" que até certo tempo existiu quase esquecido do caminho original do alferes, tenente, capitão-mor, general e marquês de Aquella Branca Pedro Teixeira.

Relata o historiador maranhense Martins, Robson Campos, em sua obra "Turiaçu de Ontem e de Hoje", que "saindo o desbravador Pedro Teixeira da cidade de Belém em 5 de março de 1616 para informar o capitão-mor do MA, Jerônimo de Albuquerque, sobre a fundação da atual capital do PA, o mesmo após atravessar o Rio Caetés (Viseu-PA) foi atacado pelos índios caetéuaras (do Rio Caetés) e novamente surpreendido pelos turiaçuaras (do Rio Turiaçu), que tentavam impedir passagem. É dado como certo que o desbravador atravessou a região do Alto Turi devido a impossibilidade de uso de um caminho existente mais ao Norte próximo, a Turiaçu, pois a presença belicosa dos Tupinambás (aliados dos franceses na disputa da Amazônia) não permitiria a presença de Pedro Teixeira e sua comitiva rumo a São Luis. O alferes venceu os obstáculos colocados e chegou ao seu destino três meses depois, em 3 de junho de 1616 atravessando o solo turiaçuense”.

 Os pontos de ligação deste caminho são apresentados na historiografia maranhense, que relaciona-o (em parte) com caminho de Pedro Teixeira (inexistente em alguns trechos). Este surgiu das emendas dos itinerários de fundação (pelos padres jesuítas) de dois aldeamentos de índios que em 1655 deram origens as cidades de Turiaçu e Gurupi. Vital Maciel Parente aproveitou-se deste caminho para criar a estrada Belém-Viana quatro anos depois. Esta margeava o Rio Paruá na confluência com o Rio Turiaçu e recebeu uma base militar para garantir a segurança dos habitantes contra os bravios tremembés. A mesma via serviu para a instalação da Estação Telegráfica, criada 25 de dezembro de 1895, graças aos esforços do Dr. Luís Domingues.

Foi este feito que rendeu ao trecho maranhense da Rodovia Federal Pedro Teixeira, mais conhecida como BR 316, a colocação de uma das três estátuas comemorativas a memória deste português. Belém, Cametá e Presidente Médici foram os únicos lugares a serem contemplados, ambos com significados muito proeminentes da grandiosa conquista de Pedro Teixeira sobre a Amazônia atual. Veja uma das fontes que consultei para a elaboração do texto aqui citado, click AQUI.
Placa de inauguração da BR 316 que foi roubada em 2016